Leites vegetais 1 – Coco
Momento confissão: eu adoro um bife. Eu sei que o porquinho é ser vivo igual eu e merece ficar vivo. Isso não me impede de gostar de bacon. Não digo isso com orgulho. O que me orgulho sim de dizer é que carne não é o principal nas minhas refeições, pelo menos não na grande maioria delas. Quanto a leite, ovo e mel, nunca tive problema em consumir. Isso até começar a estudar mais sobre alimentação natural, culinária viva, e as formas como a indústria do alimento funciona. (Parece que vem tudo num pacote, você se interessa em ler sobre um e daqui a pouco tá lendo sobre todos)
Depois de ver esse vídeo e ler esse texto, comecei a repensar um pouco o copo de leite com chocolate que sempre tomei. Eu acreditava que por ser chocolate e não achocolatado, e o leite ser desnatado e não integral, estava super saudável. Não é tão simples. Não pretendo parar de tomar leite, ou comer ovo ou mesmo carne. Mas acho que variar o máximo possível é sempre bom. Comer de tudo significa, realmente, comer de tudo, não existe alimento proibido e não sobra espaço pra excesso de nada.
Só lembrando que não tenho formação em nutrição e isso tudo são só ideias que vão surgindo na minha cabeça depois de ler esse tipo de coisa. 😉
Enfim, essa enrolação toda é pra contar que inspirada na alimentação viva comecei a pesquisar os leites vegetais, que de leite só tem a cor. Basicamente é pegar um vegetal (coco, aveia, amêndoa, soja), bater com água e filtrar. Cada um tem suas particularidades no preparo, no valor nutricional e no resultado. Começo as experiências com aquele que me pareceu o mais apetitoso: leite de coco!
As receitas na internet são várias, dá pra passar uns 2 dias lendo e os links não acabam. Então fui direto nos sites que já visito a mais tempo, e achei essa receita do Panelinha. A receita é moleza de fazer e o maior trabalho que eu tive foi, na verdade, descascar e ralar o coco. Usar coco já ralado ou ralar o in natura fica a seu critério. Mas se for usar o já ralado fuja dos já adoçados, é melhor fazer o leite e, se necessário, então adoçar.
Leite de coco caseiro
4 xícaras de coco ralado
2 xícaras de água filtrada
1 xícara de água filtrada morna
1 pano limpo
Essas medidas são as que eu consegui descascando um coco seco, mas basta seguir a proporção (1 medida de coco, 1/2 medida de água, 1/4 medida de água morna) para adaptar pra quanto o seu coco render. Para abrir o coco seco usei o método antigo: fura, tira a água e taca o coitado no chão com força. Recolhe os pedaços e solta a casca externa, a mais fina de dentro pode deixar. Lava os pedaços e tá pronto. Existem técnicas usando a boca do fogão, mas nunca tentei. Se alguém já experimentou, conta nos comentários!
Feita a parte mais chatinha é só ralar o coco, medir e, junto com a água na proporção, bater no liquidificador até não sobrar pedaço.
Enquanto o coco bate, ferva o pano em uma panela com água limpa. Estenda sobre uma vasilha e despeje ali a mistura de coco. Junte o pano formando uma trouxinha e aperte até sair todo o líquido. Se achar difícil, faça isso com uma parte do coco de cada vez. O leite extraído dessa forma é o primeiro e mais gordo.
Agora em outra vasilha coloque a água morna e banhe a trouxinha de coco. Aperte bem e banhe novamente. Repita isso até que ao espremer a trouxa a água saia branca. Você pode manter os dois leites separados ou mistura-los, como eu fiz. Guarde na geladeira em vasilha tampada e mexa bem antes de consumir, pois tende a separar o sólido do líquido.
Sabe o bagaço que sobrou? Aquele na vasilha quadrada lá no fundo da foto… Não jogue fora! Coloque em uma assadeira e leve ao forno baixo por cerca de 80 minutos. A cada 20 minutos misture bem para secar por igual. No término do tempo desligue o forno e deixe esfriar com a assadeira dentro. Guarde em um pote tampado em local protegido. Essa farinha pode ser usada em bolos e pães. Cada 1/3 de xícara de farinha de coco substitui 1 xícara de farinha de trigo. Aprendi aqui.
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