Pavlova, sobremesa leve pra esse natal

Pavlova docinha com frutas refrescantes e um creme delicioso! Para enfeitar a mesa e garantir a sobremesa de qualquer festa.

pavlova

Afinal, só porque essa é a primeira receita do especial de Natal desse ano, não quer dizer que essa sobremesa não vá ser uma boa ideia pra todo o verão! É que a pavlova na verdade é mais um tipo de preparo do que uma receita muito específica. Aquele tipo de prato que a gente ama por aqui: dá pra ir mudando, adaptando, e sair com várias versões diferentes.

Tanto é que já tivemos 2 versões por aqui. A primeira foi a pavlova de cappuccino da Nigela, feita lá nos primórdios do Cozinha. E a segunda é bem mais recente, desse ano ainda, versão miniatura recheada com creme de chocolate com café. Duas delícias, mas que me remetem a inverno. E quando estava procurando receitas pro especial de natal, fui atrás de receitas de verão. (Porque ninguém merece ficar presa em receitas de inverno europeu em pleno verão brasileiro) Daí caiu no meu colo as pavlovas australianas, bem típicas do inverno veranesco deles. E eu percebi que nunca tinha feito uma pavlova tradicional: suspirão gigante, creme batido e frutas picadas por cima.

Ainda aproveitei e coloquei frutas mais fáceis de encontrar do que as famigeradas “frutas vermelhas”. Elas são lindas, mas você já viu o preço do pacotinho de framboesa no interior de Minas? Não obrigada, vamos de manga mesmo. E morangos, que combinam muito com creme e suspiro (quem lembrou do Eton Mess?). E kiwis pra homenagear a terra original da receita. Mas ó, dá pra usar as frutas que quiser! Mesmo, tem umas pavlovas com maracujá que ficam divinas…

Agora, falando em facilidade em achar, vamos falar de creme fresco. Eu sei que é complicado de encontrar em vários lugares. E muita gente troca por chantilly de pacotinho (ou lata). E dá pra fazer isso mesmo. Mas eu trocaria por um creme de confeiteiro bem levinho. Eu faria com metade do açúcar pra não ficar muito enjoativo. E talvez metade do amido de milho (ou farinha) pra ficar mais molinho. Ou você pode rechear com um curd pra ter um azedinho fazendo contraste. Ou uma ganache de chocolate branco bem molinha. Como eu disse, dá pra fazer inúmeras variações.

Por último, três dicas. Não quer fazer um centro de mesa comestível? Dá pra fazer essa mesma receita modelando várias mini pavlovas no lugar de uma grandona. Versão individual, tipo as de creme mocha que eu citei no começo desse textão. Só atenção pro tempo de forno, que vai ser menor. Ainda nessa parte, você pode assar o suspirão (ou os mini) com um dia de antecedência. Asse, deixe esfriar no forno e depois coloque em uma vasilha com tampa do tipo que veda. No dia seguinte é só montar e servir; porque é sempre melhor montar logo antes de server.

pavlova

E a última dica: Por acaso sobrou pavlova? Coloca numa vasilha com tampa e bota na geladeira. A textura vai mudar, o suspiro vai perder a crocância e vai virar uma nuvem. E o sabor vai continuar maravilhoso.

Pavlova

6 claras
1 pitada de sal
1 1/2 colher chá de vinagre branco
3 colheres chá de essência de baunilha
1 1/2 xícara de açúcar
3 colheres chá de amido de milho

Bata as claras em neve até formar picos. Ainda batendo adicione o vinagre, a baunilha e o sal. Quando tudo for incorporado continue batendo e vá adicionando aos poucos o amido e o açúcar. Bata até que forme um merengue sem cristais de açúcar. Pra ver se todo o açúcar dissolveu e só pegar um pouquinho do merengue e esfregar entre os dedos, você vai sentir os grãos de açúcar; ou não caso esteja pronto.

Ajeite o merengue em uma forma com papel manteiga fazendo uma espécie de caldeirão. Eu gosto de desenhar um círculo, de cerca de 20cm de diâmetro no verso do papel, pra me guiar. E então faço um monte de suspiro no meio desse círculo. Com uma colher, ou uma espátula é só ir ajeitando para formar um suspiro gigante. Afunde ligeiramente a parte do meio do topo, formando o tal caldeirão. Leve para assar em forno beem baixo. O ideal seria 90C, mas em forno doméstico é difícil chegar nessa temperatura. Então deixe o forno no mais baixo possível e mantenha a porta entreaberta com uma colher de pau.

Deve demorar cerca de 2h para assar uma pavlova desse tamanho. Você sabe que ela está pronta quando ela está seca ao toque e firme na forma. Desligue o forno, feche a porta, e deixe esfriar com ela dentro dele ainda.

Recheio

250ml creme fresco – veja mais no texto acima
1/4 xícara de açúcar
kiwi
morangos
manga

Bata o creme fresco com o açúcar até montar o chantilly. Pique a manga em cubinhos, os morangos em quartos e o kiwi em 4 partes e então em fatias. Cubra a cavidade central da pavlova com o chantilly e decore com as frutas. Sirva em seguida.

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Em 2014: Dadinhos de Tapioca