Pipoca Cracker Jack

Publicado em 6 de junho de 20225 de janeiro de 2024 por SabrinaRoman

Pipoca Cracker Jack junta pipoca (claro), amendoim e um caramelo perfumado pra conseguir uma super crocância e sabores doces e salgados ao mesmo tempo!

Quando vi essa receita, no canal do NYT Cooking, um letreiro neon escrito Festa Junina começou a brilhar na minha mente. Tem pipoca, tem amendoim, tem caramelo de açúcar com melado… Pra ser sincera, enquanto escrevo isso vai me revoltando que eu fui conhecer essa combinação numa receita dos EUA e não nossa. Mas é isso mesmo, a pipoca Cracker Jack é um produto bem estadunidense.

Cracker Jack na verdade é a marca de uma pipoca (com esses sabores) vendida por lá desde de 1896, e que até 2016 tinha inclusive um brinquedinho de brinde que vinha no pacote. Parece que tem até alguns historiadores que consideram ela a primeira “junk food”. De qualquer forma, é daqueles produtos que fazem parte da cultura local meio como o nosso sonho de valsa eu acho…

O lado bom de uma receita com tanta história é que até explicação pro nome tem. A expressão Cracker Jack quer dizer excelente, supimpa, nota 10, esse tipo de coisa. Lá pelo final do séc. 19 que começaram a usar, juntando a expressão crack (que queria dizer o mesmo que o nosso craque*) com o “zé” deles, o Jack. O que me faz pensar que eu poderia chamar a pipoca cracker jack de pipoca zé supimpa se eu não tivesse tanto apego ao SEO desse site.

*sim, você adivinhou certo, o nosso craque vem do crack deles. E não, a droga recebeu o nome por outro motivo.

Enfim, o outro lado bom da receita antiga é a quantidade enorme de variações! Sim, não tem lado ruim nessa história. Eu peguei essa receita porque o jeito de fazer as coisas fez sentido pra mim. Mas se você jogar o nome dela no google vai ver um monte de versões diferentes, cada uma com pequenas alterações. Dá pra brincar de testar todas e viver de pipoca caramelada por um bom tempo.

E finalmente, o que essa receita tem de tão especial? A gente já teve pipoca caramelada aqui no Cozinha, e é receita das mais queridas lá no YouTube. Mas essa versão com o melado traz uma acidez muito interessante pro aroma da pipoca. Veja, ela não fica com um sabor ácido, como uma pipoca com limão. Ele fica apenas mais complexo, dá pra perceber que não é só açúcar ali.

Já o bicarbonato reage com o caramelo e começa a espumar, o que deixa a coisa toda mais leve. Precisaria? Não. Mas achei uma ideia bem boa de evitar pedações de caramelo duro no meio da pipoca. Mesmo que ele se acumule em algum ponto, vai ter uma textura mais próxima do honeycomb do que do pé de moleque tradicional. E claro, o amendoim! O sabor dele acaba contagiando toda a pipoca. Mesmo quando a gente não morde um, sabe que ali tem o ingrediente.

Finalmente, o forno no final. Eu nunca tinha feito isso com uma pipoca caramelada, mas achei que ajudou muito na crocância e a deixar a coisa toda bem sequinha nas mãos. Vê como são vários pequenos detalhes que se juntam pra dar numa receita bem desenvolvida? E olha que foi um ligeiro perrengue conseguir “adivinhar” tudo. O vídeo não tem as medidas, e a receita real está protegida por paywall. Então o que eu fiz foi olhar bem o tamanho das vasilhas que são usadas no vídeo, pegar quantidades parecidas aqui em casa e transferir pras xícaras medidoras pra descobrir quanto era. Nem acreditei quando deu certo!

Agora, pra fechar esse texto enorme uma dica bem importante: use a maior vasilha que você tiver! O ideal é poder mexer a pipoca toda com muita folga. Se não tiver uma vasilha tão grande, faça apenas metade da receita de cada vez. Tentar misturar o caramelo na pipoca co o amendoim numa vasilha pequena acaba resultando em pipocas carameladas e amendoins caídos no fundo da vasilha; que não é o que a gente quer aqui.